Artigo
Habilidades do profissional do futuro
Publicado em 25 de Maio de 2022 Cláudio Riccioppo

O mundo mudou e os processos de recrutamento e seleção das empresas mudaram com ele. Critérios antes muito valorizados nos candidatos hoje não possuem o mesmo peso, já questões, que antes ficavam em segundo plano, passaram a ser decisivas para a escolha de um perfil. O setor de recursos humanos das companhias busca, nos dias atuais, características que vão muito além da mera formação acadêmica ou, até mesmo, de especializações e conhecimentos técnicos. O foco está na busca por soft skills, ou seja, competências comportamentais. Os departamentos de RH entendem que o treinamento é capaz de preparar a mão de obra para uma determinada função, mas há traços pessoais que acompanham o indivíduo durante a sua vida e que podem contribuir bastante ou prejudicar demais o desempenho de um colaborador.

Abaixo cito os seis traços pessoais mais cobiçados pelos recrutadores:

1) Capacidade de solucionar problemas. Isso mesmo, o tempo do profissional que ficava aguardando seu superior resolver uma questão para seguir com suas atribuições ficou pelo caminho. As grandes corporações, que geralmente possuem as melhores vagas de emprego, buscam candidatos que tragam a solução e não os que apresentem um problema ou aguardem para depois voltar a agir. 

2) Inteligência emocional. Um profissional que é capaz de controlar suas respostas emocionais para tomar decisões racionais se destaca no mercado de trabalho. Aquele profissional que, quando é contrariado, bate de frente com os outros, tendo ações impulsivas se alguém discordar do que ele pensa, prejudicando assim o clima organizacional, não possui mais vida útil dentro das organizações modernas. 

3) Adaptabilidade. A capacidade de se adaptar a mudanças e a novos ambientes é fundamental nos dias de hoje. Em um universo "camaleônico", onde tudo muda o tempo todo, essa habilidade de acompanhar as alterações é pré-requisito básico na construção da empregabilidade. 

4) Capacidade de negociação. Essa habilidade não está necessariamente ligada às vendas, pelo contrário, em boa parte das vezes está em falta em muitos profissionais da área comercial. Ela está presente nos profissionais que sabem negociar em situações de conflito, aqueles que contribuem para minimizar traumas no clima organizacional. 

5) Pensamento de dono do negócio. Não só pensar, mas agir como dono é uma habilidade que vai englobar foco no resultado e não no horário de trabalho. Quando falo disso, não estou defendendo a política do "serão", muito pelo contrário, estou defendendo a liberdade de tempo desde que o alvo, que é a entrega do resultado, esteja à frente do bater cartão. O profissional que vende apenas tempo para as empresas está ficando no caminho. As empresas hoje buscam soluções e não mais apenas a folha de ponto preenchida. 

6) Capacidade de execução de fato. Vivemos em um tempo em que todos possuem mais espaço para falar, falam muito e nem sempre entregam tanto. Diplomas e certificações são vistos positivamente, apenas se os títulos contribuírem não apenas para mostrar o caminho, mas para levar aquele que apresenta o caminho até o alvo.


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