61% dos jovens, 54% da média gestão e 42% da alta liderança querem mudar de emprego nos próximos meses. Esses dados alarmantes para as empresas fazem parte da pesquisa Carreira dos Sonhos 2022, lançada no mês passado pelo Grupo Cia de Talentos. Você provavelmente está se perguntando por que, certo?
Se antes da pandemia a velocidade do mundo e inovação tecnológica já faziam com que as pessoas se questionassem sobre suas vidas, no cenário pós-pandêmico isso ficou ainda mais forte e de certa forma mais evidente. Além disso, vários eventos, questões políticas, econômicas, sociais e ambientas, nos forçaram a repensar a estrutura social.
No universo corporativo não foi diferente. Hoje, a expectativa é que as empresas não apenas sobrevivam à essa pressa do mundo, mas que também estejam preparadas para ir além, que essas organizações estejam envolvidas na resolução de problemas complexos sociedade e que colaborem para que as pessoas cheguem aos seus objetivos e se sintam pertencentes.
As pessoas começaram pensar sobre o papel que o trabalho tem em suas vidas. E ao fazerem esse movimento, automaticamente, repensam a relação com as organizações e o que esperam delas enquanto marca empregadora.
A adoção do home office, colocou luz na questão do bem-estar e essa passou a ser uma questão frequente entre empregadores e colaboradores, além de ser um dos aspectos mais valorizados pelos profissionais (31%).
Na pesquisa, 42% dos jovens apontaram piora de seu bem-estar emocional e na sobrecarga de trabalho e 46% se classificaram como exaustos. Isso se deve à busca pela nossa melhor versão em todas as esferas da vida, todos os dias e numa velocidade enorme. Ao vermos um colega, um familiar indo além, nos cobramos mais e mais.
Outro ponto valorizado no trabalho está relacionado às experiências que apoiam o crescimento e fazem com que as pessoas se sintam parte da organização, apontado por 31% dos jovens como relevante para eleger sua empresa dos sonhos.
Mas, o que as organizações fazem para que esses jovens decidam permanecer? Será que dá para ter equilíbrio e garantir uma relação duradoura?
Não estar feliz no trabalho faz com que a pessoa não esteja 100% engajada com a empresa. Isso afeta a produtividade, os processos e os resultados. Para começar, é importante compreender o que esperam do trabalho hoje. É preciso entender as necessidades e a pessoalidade de cada um. Não se pode trabalhar pontos desafiadores sem antes saber qual é a realidade do indivíduo e aqui, a escuta ativa faz toda a diferença para ouvir, conhecer, humanizar e, consequentemente, trabalhar na evolução pessoal e profissional.