Artigo
Transformação digital vai além da tecnologia, é criação de estratégia e mudança de mindset
Publicado em 11 de Dezembro de 2024 Andréa Simões

Em outra oportunidade, aqui mesmo, falei com vocês sobre transformação digital, sobre especificamente o papel do líder nesse cenário que domina as empresas dia após dia. Na ocasião, destaquei que as pessoas têm medo da transformação digital, por pensarem que ela é algo que causará impactos abruptos. Quando, na verdade, não é bem assim. Nem se trata também de algo totalmente novo, afinal já está presente em nossas vidas há tempos.

Como sabemos, a tecnologia é um agente de transformação, prova disso é a revolução que ela causa em diversos segmentos. Isso é feito por meio de seu poder de modificar comportamentos. E, como uma revolução pressupõe mudança, que deve considerar o impacto em núcleos menores, no caso as pessoas que compõem uma empresa, e não apenas macro - a companhia propriamente dita.

Neste cenário, incentivar a transformação digital é pensar na tecnologia não só ao nível de implantação, mas também em como utilizá-la para modificar e orientar os projetos e as pessoas, visando sempre a melhora dos resultados e o desempenho do negócio por meio da inovação. Logo, considerar a transformação digital como elemento indispensável para o sucesso das empresas modernas é premissa fundamental.

Transformar uma empresa digitalmente passa pela transformação do comportamento alinhado à cultura, sendo necessária a mudança de mindset na organização, com revisão de cultura, valores e competências. Acreditamos que o caminho da Transformação Digital é uma jornada de transformação cultural (reposicionamento da cultura); e o protagonista deve ser sempre o ser humano.

Já que a transformação digital, de uma forma ou de outra, tem a ver com pessoas, seja pelo modo como elas receberão o impacto, seja da forma como se atualizarão para lidar com isso, e como pessoas são o meu core business, se assim posso dizer, resolvi compartilhar com vocês a jornada de transformação digital da Log-In, companhia da qual faço parte, e pela qual recebemos um prêmio no mês passado.

Não por um acaso, em 2020, a área de tecnologia da Log-In passou a fazer parte da Diretoria de Gente devido ao entendimento de que a jornada de transformação digital é uma transformação cultural e que aconteceria por meio dos nossos recursos humanos. Baseado em nosso framework, entendemos que a tecnologia, os processos e, principalmente, a nossa gente, seriam as alavancas para que essa transformação acontecesse e que, para sermos eficientes, tivemos que elencar quais problemas seriam solucionados.

Isto posto, escolhemos quatro pilares de trabalho: customer experience, employee experience, melhoria da Governança e de infraestrutura.

Estamos no quinto ano dessa jornada com o foco no cliente. E nesse período, conduzimos workshops de escuta do time e clientes internos e externos, buscamos o entendimento das dores com priorização das ações e disseminação do conceito de transformação digital. Temos o time de TI e Gestão trabalhando juntos. Toda essa jornada tem como alicerce a infraestrutura de TI, digitalização de processos e capacitação da equipe após a revisão dos mesmos.

A valorização do capital humano tem provado que representa mais do que um dever, mas um investimento poderoso e propulsor de melhores resultados, além de contribuir para construir uma relação de trabalho benéfica para todos os membros de uma empresa.

Encerro com o pensamento do professor da Columbia University, David L. Rogers, que diz: “A transformação digital não tem a ver com tecnologia – tem a ver com estratégia e novas maneiras de pensar”. E eu assino embaixo! Não esqueçamos que nosso produto-chave é criação de valor para o cliente, seja ele interno ou externo!

Andréa Simões, Diretora de Gente, Cultura e Transformação Digital


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