Artigo
O fator humano em RH: Construindo organizações centradas nas pessoas
Publicado em 25 de Maio de 2022 Gabrielle Botelho, HR Director South America da CGG

Trabalho com RH há vários anos e sempre gostei da maneira como estamos constantemente reinventando nossos processos ao longo do tempo. Nós, como líderes de RH, estamos sempre em busca de novas práticas e iniciativas para desenvolver um ambiente de trabalho melhor e atender às necessidades do negócio.

Alguns de nós ainda estão perseguindo uma posição estratégica em equipes de gestão e estabelecendo formas de medir como os processos de RH afetam o desempenho organizacional e contribuem para os resultados da organização. Enquanto almejamos nos tornar um parceiro estratégico e confiável para o negócio, uma das discussões recentes no RH é como podemos humanizar nossas organizações. A razão para isso é que a compensação financeira por si só não é mais suficiente para reter talentos e criar comprometimento de longo prazo.

Os profissionais buscam muito mais do que uma carreira de sucesso, eles procuram empregos significativos, em ambientes de trabalho humanizados, nos quais percebam igualdade de tratamento e oportunidades. Ambientes em que se sintam incluídos nas decisões,e no qual sintam abertura e investimento para se desenvolverem e serem criativos. E isso ocorre quando os funcionários se sentem psicologicamente seguros, estando mais propensos a correrem riscos.


Organizações centradas nas pessoas

É importante entender que não se trata de “organizações centradas nos clientes” ou “organizações centradas nos funcinários”, trata-se de estabelecer como estratégia central as pessoas, independentemente do papel que elas ocupam. Assim, falamos em organizações centradas nas pessoas (clientes + funcionários). Como organização, devemos responder às necessidades, criar novas oportunidades de negócio e promover crescimento para nossas pessoas.

Contudo, nem sempre foi assim. As teorias do taylorismo ou fordismo ditavam que deveríamos recrutar, treinar e moldar os funcionários para que eles se adaptassem ao local de trabalho. Infelizmente, algumas organizações ainda funcionam dessa forma. Quando falamos em "fatores humanos" nos negócios, trata-se de criar sistemas centrados nas pessoas, emque este conceito de "encaixar" a organização ou  “encaixar” a cultura não é mais válido. Em uma organização centrada nas pessoas, colocamos as pessoas em primeiro lugar, e isso, na prática, significa que estamos comprometidos em criar e manter um ambiente de trabalho saudável, seguro e que promova o bem-estar, reforçando uma cultura de cuidado e inclusão para todos.

Essencialmente, uma organização centrada nas pessoas enfatiza o elemento “humano” dos recursos humanos. A forma como a liderança atua, como estabelecemos nossos relacionamentos e como nos comunicamos na organização têm impacto direto nas pessoas e consequentemente, nos negócios.

Inteligência Emocional

Dessa forma vemos a importância da Inteligência Emocional (EI) nas esferas organizacional e individual. EI consiste em quatro competências essenciais: autoconsciência, autogestão, consciência social e habilidades sociais. Cada competência, por sua vez, é composta por grupos específicos de habilidades.

Na tabela abaixo, traduzida do artigo, Leadership That Gets Results, publicado por Daniel Goleman, na Harvard Business Review, você encontrará a lista de competências e suas habilidades correspondentes.

A Inteligência Emocional é um tópico complexo e extenso, mas, como algumas pesquisas demonstram, essas competências e habilidades podem ser desenvolvidas em qualquer momento, durante toda a nossa vida. No entanto, para este aprendizado será necessário tempo, dedicação e prática.


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