Empresas diversas são 11 vezes mais inovadoras e têm pessoas seis vezes mais criativas do que a concorrência, de acordo com estudo realizado pela Accenture.  

O clima e a cultura organizacionais também saem ganhando. A convivência com colegas que têm trajetórias e histórias diferentes das nossas pode mudar nosso jeito de pensar. O resultado é maior respeito às diferenças, diminuindo atritos ou falhas de comunicação entre as equipes. 

Muitas vezes de maneira inconsciente, as empresas acabam contratando o mesmo perfil de pessoas para determinados cargos isso porque analisam idade, qual curso fez, em que faculdade estudou e até onde a pessoa mora.  

Para sair desse ciclo, grandes empresas passaram a adotar os chamados processos ocultos, que garantem que as escolhas sejam realizadas com base apenas nas competências e vivências das pessoas candidatas.  

Em todas as etapas do processo seletivo, desde a inscrição, passando pelas ferramentas capazes de analisar o perfil profissional de cada pessoa, a liderança recebe apenas as informações que não identificam gênero, raça, idade e universidade. Sem fotos ou entrevistas com câmeras abertas.  

Isso é feito para que a gestão deixe de lado seus vieses inconscientes, diminuindo ao máximo os fatores que podem levar a julgamentos que não estão ligados à realização do trabalho em si.  

Recentemente, a Cargill, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, realizou processo seletivo de estágio marcado pela diversidade. Em parceria com o Grupo Cia de Talentos, selecionou pessoas, de forma oculta e online, para 230 vagas de estágio para estudantes do Brasil, Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai. 

E não é de hoje que a empresa tem adotado ações voltadas para a inclusão de pessoas que pertencem a um ou mais grupos de diversidade.“É um orgulho poder dizer que a Cargill, desde 2019, tem ações consistentes voltadas para a diversidade e temos dado a oportunidades a centenas de pessoas na América Latina”, comenta a líder de Talent Acquisition da Cargill Luciana Giuranno.  

Foram mais de 25 mil inscrições, 50% delas foram feitas por mulheres. Além disso, no Brasil, mais de 43% das pessoas se autodeclararam pretas e pardas.  

Essa é uma tendência que como comentei, já está acontecendo. Cada vez mais empresas vão adotar essa estratégia como forma de promover diversidade e inclusão nas empresas. Pode ser que essa não seja a estratégia ideal para a sua empresa, mas olhar para esse tema é algo que deve estar na sua agenda.